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A política cuiabana não cansa de surpreender — ou de se contradizer. Um exemplo emblemático é o caso da empresa Coreco, do ex-vereador Helny Di Paula, que durante a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro foi alvo de duras críticas por parte da oposição comandada por Abílio Brunini, hoje prefeito de Cuiabá.
Na época, a empresa era responsável por serviços de limpeza em unidades de saúde do município e, segundo os discursos inflamados do então vereador Abílio, representava um dos símbolos da suposta “má gestão” de Emanuel. Os contratos da Coreco eram constantemente questionados pela bancada de oposição, inclusive com insinuações sobre favorecimentos e qualidade duvidosa dos serviços prestados.
Mas os ventos mudaram. Abílio chegou ao comando da Prefeitura e, ironicamente, a Coreco permanece ativa nos contratos com o município. A empresa, que antes era demonizada, agora presta serviços à gestão do próprio Abílio, sem que as críticas outrora fervorosas tenham se repetido. O silêncio da atual administração sobre os contratos que antes tachava como escândalos evidencia, no mínimo, uma incoerência gritante.
Mais do que isso: Helny Di Paula e seu filho Marcos César parecem estar em franca ascensão empresarial com as empresas Coreco, Águia Terceirização e Chama a MEG limpeza . Além da permanência nos contratos de limpeza, agora atuam no ramo de Bank — um salto ousado e curioso para quem consolidou sua trajetória empresarial na coleta de lixo e limpeza predial. A força política da família Di Paula cresceu visivelmente, com apoio de políticos como Wellington Fagundes e Ananias Filho do PL.
A velha máxima da política se confirma: o que era errado no adversário se torna aceitável no aliado. E a população, mais uma vez, fica no papel de espectadora das contradições do poder.
Fonte: BLOGDOPOPO.